Pessoas com intolerância à lactose são incapazes de digerir completamente a lactose do leite. Como resultado, eles desenvolvem diarreia, gases e inchaço após comer ou consumir laticínios. Também pode ser chamada de hipolactasia, que é a diminuição ou ausência da capacidade de produzir a lactase, enzima presente nas microvilosidades intestinais, responsável pela dissociação da lactose (galactose β-1,4 glucose) em galactose e glicose. Essa falta de produção da enzima lactase resulta na intolerância a lactose.
Intolerância genética ou primária à lactose. Este é de longe o tipo mais comum, geralmente ocorrendo dentro de dois anos de vida devido a uma redução progressiva da lactase no intestino do bebê, mais ou menos após o término da amamentação. Nesse caso, o bebê nasce com excelente capacidade de digerir o leite materno e, portanto, seus níveis de lactase são elevados. Somente depois do desmame, a introdução do leite de vaca e a redução progressiva do leite materno até a suspensão da lactação, diminui a produção de lactase, que nos não intolerantes, entretanto, permanece de forma a permitir a digestão completa de uma quantidade de leite e derivados manifestando progressivamente os sintomas típicos de intolerância à lactose. Essa deficiência tem uma causa genética e é crônica , ou seja, persiste por toda a vida.
Intolerância secundária ou adquirida. Nesse segundo caso, a intolerância à lactose surge como complicação ou consequência de outra condição patológica . Normalmente, a incapacidade do intestino delgado de produzir a enzima lactase ocorre como resultado de uma doença inflamatória intestinal , como a doença de Crhon, ou outras intolerâncias crônicas, como a doença celíaca, ou a intolerância ao glúten, colite ulcerosa e quimioterapia. Às vezes, até mesmo a cirurgia ou gastroenterite viral aguda pode inibir a produção de lactase. Este tipo secundário de intolerância à lactose, ao contrário do genético, é reversível com tratamentos adequados, ingestão de probióticos e uma dieta direcionada.
Intolerância congênita à lactose. Essa condição é a mais rara , felizmente, e ocorre quando a falta da enzima lactase é herdada de ambos os pais . A criança vem ao mundo já incapaz de digerir o leite materno . A prematuridade pode representar um fator de risco para intolerância congênita à lactose.
Os sintomas mais comuns de intolerância a lactose são:
Porem existe outros 5 sintomas que são causados pela intolerância a Lactose que muitas pessoas desconhecem.
Muitas pessoas não relacionam esse sintoma a intolerância a lactose, mas nos consultórios médicos a queixa é recorrente e o tem uma explicação. A intolerância a Lactose causa fadiga porque o organismo precisa investir muita energia na digestão e isso acaba resultando em cansaço, fadiga e exaustão.
Não há estudos que comprovem efetivamente que a enxaqueca ou a cefaleia seja causada pela intolerância a lactose, no entanto um estudo revelou que pode ocorrer o desencadeamento de crises ou uma piora, em pacientes com uma pré disposição a ter enxaqueca. Então se você tem pré disposição a ter enxaqueca e ainda é intolerante a lactose, a melhor escolha é tirar a lactose da sua vida para evitar desconfortos.
Embora muitos não saibam, a prisão de ventre pode ser causada pela intolerância a lactose, a maioria das pessoas relaciona a intolerância a lactose a diarreia, mas não é incomum em nossos consultórios, queixas de pessoas que relatam prisão de ventre apos a ingestão de alimentos com lactose. Oscilações entre quadros de prisão de ventre e diarreia são comuns.
Os produtos lácteos podem causar sintomas de refluxo ácido. Às vezes, isso é atribuído ao alto teor de gordura do leite, creme ou queijo, mas na verdade pode ser devido à intolerância a lactose, essa condição não é um mero desconforto e requer atenção uma vez que pode acarretar em uma condição chama esofagite e essa pode se agravar com o tempo causando sérios problemas.
Não é raro pacientes com intolerância a lactose relatarem o aparecimento de erupções cutâneas apos a ingestão de alimentos com lactose, porém apesar de possível essa reação estar ligada a intolerância a lactose, ela está muito mais ligada a alergia ao leite, e nesse caso requer um cuidado maior, já que o o uso de enzimas não resolveria o problema.
Se você já fez o teste, ou está com suspeita e ainda vai fazer, a dica mais valiosa que eu como uma pessoa que lido com isso todos os dias posso lhe dar é: Não coma mais nada com lactose, olhe os rótulos, se for comer fora pergunte.
As enzimas digestivas não servem para todas as pessoas, a maioria dos meus pacientes passa mal ingerindo leite e derivados e usando enzimas. Não tem como saber se para você vai funcionar se você não testar.
Outra informação que ninguém quer te dar é que aqueles alimentos que trazem no rotulo zero lactose, na verdade não são zero lactose (a menos que sejam derivados de leites vegetais). Nossa lei permite que uma pequena fração de lactose esteja presente no produto ainda que ele leve no rotulo “zero lactose”. Esses produtos nada mais são que leite com enzimas digestivas e nem todos vão te fazer bem. Então por sua conta em risco você pode testar esses produtos.
A melhor escolha para quem quer se ver livre dos desconfortos da intolerância a lactose, é a dieta de restrição, você deve eliminar totalmente leite e derivados da alimentação, porém deve ter cuidado pois existe vários produtos com lactose que a maioria das pessoas nem imagina.
A neuro nutrição é uma área da nutrição que se concentra nos efeitos dos nutrientes…
A dieta FODMAPs (acrônimo em inglês para Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides, and Polyols) é um…
A diabetes infantil, também conhecida como diabetes tipo 1, é uma condição crônica em que…
Quem gosta de ter uma vida saudável e está por dentro do mundo das dietas,…
O que é diverticulite? Os divertículos são pequenos sacos protuberantes que podem se formar em…
SINTOMAS CONFUSOS Se você descobriu a intolerância ao glúten a pouco tempo, a exposição ao…